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COMUNHÃO

A palavra comunhão, no grego do Novo Testamento, é koinonia. Esse termo também pode ser traduzido como participação e partilha. Em geral, se refere aos interesses mútuos entre os membros da comunidade da fé, a igreja. A comunhão cristã é descrita em At. 2.42, neste versículo, a koinonia é apresentada como um dos padrões da igreja, os cristãos permaneciam em comunhão uns com os outros. Essa comunhão, no contexto de Atos, não se refere apenas ao ato de se reunir, mas também ao de partilhar alimento e outras necessidades existenciais.
A comunhão é uma marca caracterizadora do cristão, já que somos dependentes, tanto de Deus quanto dos irmãos. Conforme escreveu o poeta inglês John Donne, “nenhum homem é uma ilha”. A atitude de autossuficiência na igreja pode levar as pessoas a viverem distantes umas das outras, a agirem indolentemente no seio da igreja (Hb. 5.12; Rm. 12.1-3). A amargura também pode impedir o desenvolvimento da comunhão na igreja. Cristãos amargurados tratam uns aos outros com hostilidade (Hb. 12.15). Não são poucas as pessoas com orgulho ferido nas igrejas evangélicas. Por causa desse sentimento, elas têm dificuldade para estabelecer vínculos. O elitismo eclesiástico pode também ser um empecilho para a comunhão. As chamadas “panelinhas” nas igrejas, como havia em Corinto (I Co. 3.4), coloca alguns em preferência em detrimento de outros. Conforme afirmou John Wesley certa feita, nada mais anticristão do que um cristão solitário. Nos dias atuais, marcados pelas redes de relacionamentos, as pessoas precisam estar mais juntas. Não apenas nos espaços internéticos, mas também nos encontros presenciais. A frieza do monitor e do teclado do computador não substitui o abraço e o aperto de mão. A cultura ocidental nos legou o individualismo, e, infelizmente, até mesmos em determinadas igrejas, é cada um por si e o diabo contra todos. A igreja do Senhor não é uma empresa, mas uma família na qual somos irmãos, filhos do mesmo Pai, e como tais devemos nos relacionar. É na igreja que encontramos (ou pelo menos deveríamos encontrar) graça e refrigério para as nossas almas (Rm. 1.11,12).